
Saúde mental no trabalho: veja 7 práticas para um ambiente saudável
Investir em políticas para um ambiente de trabalho mais saudável contribui para a saúde mental dos colaboradores. Entenda como!
Recursos Humanos
11 minutos de leitura
Por Julia Silva
Última atualização em 10 de julho de 2025
Os afastamentos por transtornos mentais se tornaram comuns ao seu redor? Não é coincidência, é um reflexo preocupante das condições de trabalho atuais. Para o RH, esse contexto reforça a importância de acompanhar de perto os indicadores de saúde mental no trabalho.
Afinal, identificar os sintomas e as consequências (como o presenteísmo e o baixo engajamento dos colaboradores) tornou-se necessário para uma gestão de pessoas mais consciente e preparada para os desafios atuais.
Neste conteúdo, você vai aprender como traduzir alertas invisíveis em dados acionáveis e entender o papel da saúde financeira no bem-estar emocional dos colaboradores. Confira!
Indicadores de saúde mental são métricas estruturadas que quantificam o bem-estar psicológico dos colaboradores e ajudam tanto a identificar riscos psicossociais quanto a mensurar a eficácia das políticas de cuidado.
A importância disso é evidente no país. Você sabia que o Brasil registrou 400% de aumento em afastamentos do trabalho por transtornos mentais desde o fim da pandemia? Em 2024, o número chegou a 472.328 licenças médicas.
Consequentemente, há um efeito no clima organizacional, que se desdobra e compromete a produtividade, a motivação e os resultados da organização.
Sem falar que 90% das pessoas trocariam de emprego para privilegiar a saúde mental. O que diz muito sobre a preocupação com a saúde mental corporativa.
Não à toa, a Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1) se tornou um marco de transformação. Com sua atualização, os riscos psicossociais passaram a ser considerados dentro do Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR). Isso significa que:
O Brasil é o quarto país mais estressado do mundo, e o seu RH consegue analisar se este e outros transtornos mentais têm afetado a rotina. Ferramentas de pesquisa e diagnóstico são bons recursos para detectar esse impacto.
Pulse surveys (pesquisas rápidas e frequentes que captam o clima organizacional em tempo real), pesquisas de clima organizacional ou entrevistas estruturadas (individuais ou em grupo) são recursos que proporcionam um diálogo aberto, especialmente com líderes e gestores de equipe.
Algumas métricas também servem como indicadores de saúde mental no trabalho. É o caso do absenteísmo (faltas frequentes podem indicar esgotamento) e do presenteísmo (quando o colaborador só está presente fisicamente), além do turnover voluntário e o rendimento.
Além dos dados, é importante ficar de olho em sinais que nem sempre estão nos relatórios, como:
Os indicadores de saúde mental no trabalho, quando bem interpretados, podem evitar crises e melhorar a produtividade. Mas como ir além dos números e transformá-los em ações efetivas?
Nem todo alerta sobre saúde mental aparece de forma explícita. Muitas vezes, sinais reveladores passam despercebidos por falta de uma leitura estratégica. Vale uma atenção especial:
Nem tudo está nas planilhas: observe se reuniões fora do horário se tornaram regra, pois excessos podem indicar má gestão de tempo ou pressão excessiva
Também vale observar se equipes que antes demonstravam envolvimento agora atuam de forma apática. O desinteresse pode ser um sintoma de uma espécie de “burnout coletivo”.
Outro ponto: se os feedbacks só acontecem em crises, é comum que a falta de diálogo contínuo gere ansiedade e insegurança nos colaboradores.
Faça análises de linguagem em pesquisas internas: ferramentas com inteligência artificial (IA) permitem identificar padrões de tom, nível de urgência, insatisfação e até sinais de esgotamento em respostas abertas.
Também avalie a taxa de participação em programas de bem-estar: se poucos aderem, o problema pode ser desconfiança ou falta de relevância.
Por fim, experimente comparar seus indicadores de saúde mental no trabalho com empresas similares. Isso ajuda a entender onde há avanço, onde há lacunas e quais práticas de mercado podem inspirar ajustes internos.
Coletar informações é só o primeiro passo. O desafio é agir:
Ignorar os índices de bem-estar no trabalho custa caro para a empresa (no bolso, na reputação e por conta de riscos legais).
Os problemas negligenciados criam ciclos de insatisfação e desconfiança, o que compromete a credibilidade da marca empregadora. Ambientes percebidos como tóxicos, com histórico de sobrecarga, assédio ou descaso com o bem-estar, afastam talentos e dificultam a retenção.
Isso fragiliza a cultura organizacional e pode impactar negativamente a reputação da empresa em plataformas de avaliação pública ou no próprio mercado de recrutamento.
Nenhuma organização quer ser vista como um ambiente tóxico ou negligente, muito menos figurar em listas informais (ou públicas) como um lugar onde ninguém quer trabalhar.
Então, fique de olho nos seus indicadores, eles dizem mais sobre a sua marca do que você imagina.
Além do monitoramento dos indicadores de saúde mental no trabalho, seu RH deve criar planos de ação específicos para as raízes do problema. Alguns exemplos:
Por fim, a liderança tem que estar em alinhamento com esse processo. Assim, eles podem identificar sinais (ex.: mudanças bruscas de comportamento) e oferecer um auxílio humanizado e rápido aos colaboradores.
Os indicadores de saúde mental no trabalho são ferramentas essenciais para promover um ambiente corporativo mais saudável e produtivo. Quando bem acompanhados, permitem ações eficazes, fortalecem a cultura organizacional e mostram que a empresa valoriza, de fato, o bem-estar de seus colaboradores.
Dê o primeiro passo e transforme os indicadores de saúde mental no trabalho em ações reais de transformação na sua empresa. Para isso, entre em contato conosco e veja como funciona a solução da SalaryFits!
Tire mais dúvidas sobre os indicadores de saúde mental no trabalho!
Quais são os 7 indicadores de saúde?
Físico, mental, emocional, social, ocupacional, espiritual e ambiental. No ambiente corporativo, os principais são: mental (níveis de estresse e ansiedade), ocupacional (satisfação com funções e condições de trabalho) e social (relacionamentos e senso de pertencimento).
Quais os prejuízos de não monitorar a saúde mental?
Aumento de afastamentos, burnout, turnover e riscos legais, além de queda de produtividade e danos à cultura organizacional.
Quais são os 4 pilares da saúde mental?
Para um time psicologicamente seguro, é importante trabalhar autoconhecimento (ferramentas de autoavaliação), apoio social (redes de acolhimento entre pares), equilíbrio emocional (gestão de pressão e expectativas) e propósito (alinhamento entre valores pessoais e organizacionais).
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