
Saúde mental no trabalho: veja 7 práticas para um ambiente saudável
Investir em políticas para um ambiente de trabalho mais saudável contribui para a saúde mental dos colaboradores. Entenda como!
Recursos Humanos
10 minutos de leitura
Por Gustavo Massensine
Última atualização em 15 de julho de 2025
A Síndrome do Impostor é a sensação de não merecimento ou fraude diante de conquistas profissionais. Mesmo com evidências de competência, a pessoa sente que enganou os outros. Isso pode afetar diretamente o desempenho, a motivação e a saúde emocional no trabalho.
Embora qualquer profissional possa vivenciar esse sentimento, ele ocorre com frequência em ambientes de alta exigência, competitividade e pouca valorização individual. A falta de reconhecimento, de escuta ativa e de representatividade nos espaços de decisão contribui para a permanência dessa percepção.
Nesse cenário, empresas desempenham papel importante. Ao criar ambientes mais seguros, transparentes e acolhedores, ajudam a mitigar os efeitos da Síndrome do Impostor e a fortalecer o bem-estar de suas equipes. Continue a leitura para saber mais!
O termo foi descrito em 1978 pelas psicólogas Pauline Clance e Suzanne Imes. Ele define pessoas que, mesmo com evidências de competência, duvidam do próprio mérito e atribuem conquistas a fatores externos, como sorte.
Esses pensamentos podem gerar comportamentos como:
Quando persistente, essa síndrome impacta a saúde mental e dificulta o desenvolvimento profissional.
Esse sentimento pode surgir em qualquer fase da carreira, especialmente quando há pressão por resultados, competição interna e ausência de apoio estruturado. Profissionais em início de carreira ou em processos de transição também podem se sentir inseguros quanto ao próprio desempenho.
Além disso, normas culturais que associam competência a determinados estereótipos podem intensificar esse sentimento. Quando não há diversidade de perfis em posições de destaque, muitos profissionais deixam de se ver representados e acabam subestimando suas capacidades.
Por isso, trabalhar o reconhecimento e a valorização das conquistas reais torna-se uma prática relevante para neutralizar esses efeitos.
A cultura organizacional influencia como os colaboradores percebem suas experiências. Ambientes altamente competitivos, sem valorização da escuta ou feedbacks, tendem a acentuar a insegurança.
Elementos que podem reforçar a Síndrome do Impostor:
Já uma cultura de apoio e acolhimento contribui para um ambiente mais seguro. Isso inclui práticas como:
Transformar a cultura é um processo coletivo. O RH tem papel estratégico ao apoiar líderes, propor políticas inclusivas e estimular comportamentos alinhados a uma gestão mais empática.
Outro ponto importante é garantir a coerência entre discurso e prática. Não basta promover campanhas de valorização se, no cotidiano, o comportamento da liderança contradiz essas mensagens. A cultura deve ser vivida de forma autêntica.
Cuidar da cultura é também cuidar da saúde emocional. Uma estrutura organizacional transparente reduz o medo do julgamento e incentiva a autonomia e o protagonismo.
RHs podem adotar ações específicas para reduzir os impactos da Síndrome do Impostor nas equipes. Essas ações envolvem acolhimento, formação e revisão de processos.
Entre as iniciativas recomendadas:
Medidas institucionais também ajudam a reduzir a insegurança:
Essas práticas favorecem a confiança e o senso de pertencimento. Além disso, reforçam o reconhecimento das competências individuais.
Vale considerar ainda a implementação de programas de bem-estar integrados, que incluam saúde mental como uma prioridade. Colaboradores que se sentem apoiados tendem a buscar ajuda e compartilhar suas dificuldades sem medo de julgamento.
Outro ponto é a educação interna sobre vieses inconscientes. Oferecer treinamentos que mostrem como esses vieses afetam decisões pode fortalecer práticas mais justas e conscientes.
Lideranças influenciam diretamente a percepção de segurança psicológica. Pequenas atitudes no dia a dia podem reforçar ou minimizar a Síndrome do Impostor.
Para evitar impactos negativos, líderes precisam estar conscientes sobre o tema e preparados para lidar com ele. Isso inclui:
Liderar com empatia fortalece vínculos e reduz o medo de exposição. Quando o time se sente acolhido, a produtividade e a inovação tendem a crescer.
Além disso, líderes podem atuar como facilitadores da cultura de apoio. Ao reconhecer comportamentos colaborativos e incentivar o diálogo aberto, ajudam a construir relações mais transparentes e seguras.
Oferecer espaços de escuta individualizada também contribui para identificar sinais precoces da Síndrome do Impostor. Muitas vezes, o simples fato de ter alguém com quem conversar já alivia parte da pressão interna.
A Síndrome do Impostor representa um desafio real no cotidiano corporativo. Seu impacto vai além do desempenho individual e afeta a cultura e os resultados da organização. Ao reconhecer e atuar sobre esse fenômeno, empresas criam ambientes mais seguros, diversos e produtivos. A atuação do RH e das lideranças é decisiva nesse processo.
Se você deseja aprofundar nas estratégias e ações do RH que contribuem para o bem-estar dos colaboradores, confira o nosso artigo completo.
O que é a Síndrome do Impostor?
É a sensação persistente de não merecer conquistas e de ser uma fraude, mesmo diante de evidências de competência.
Quem é mais afetado pela Síndrome do Impostor?
Qualquer pessoa pode ser afetada, especialmente em contextos de pressão, julgamento ou falta de reconhecimento.
Como a empresa pode ajudar colaboradores com esse problema?
Criando uma cultura organizacional mais inclusiva, promovendo programas de apoio emocional e treinamentos de autoconhecimento.
O que o RH pode fazer para combater a Síndrome do Impostor?
Oferecer mentoria, incentivar o diálogo aberto, revisar critérios de avaliação e estimular o desenvolvimento de lideranças empáticas.
Como identificar sinais da Síndrome do Impostor em um colaborador?
Dificuldade em aceitar elogios, excesso de autocrítica e hesitação para assumir responsabilidades podem ser indicativos.
A síndrome pode ser superada?
Sim! Com apoio psicológico, reconhecimento profissional e ambientes seguros, muitas pessoas conseguem reduzir significativamente esses sentimentos.
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