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Síndrome do Impostor: qual o papel das empresas na prevenção?

Recursos Humanos

10 minutos de leitura

Síndrome do Impostor: qual o papel das empresas na prevenção?

Saiba como a empresa pode atuar na prevenção da Síndrome do Impostor e apoiar colaboradores com estratégias eficazes de RH.

A Síndrome do Impostor é a sensação de não merecimento ou fraude diante de conquistas profissionais. Mesmo com evidências de competência, a pessoa sente que enganou os outros. Isso pode afetar diretamente o desempenho, a motivação e a saúde emocional no trabalho. 

Embora qualquer profissional possa vivenciar esse sentimento, ele ocorre com frequência em ambientes de alta exigência, competitividade e pouca valorização individual. A falta de reconhecimento, de escuta ativa e de representatividade nos espaços de decisão contribui para a permanência dessa percepção. 

Nesse cenário, empresas desempenham papel importante. Ao criar ambientes mais seguros, transparentes e acolhedores, ajudam a mitigar os efeitos da Síndrome do Impostor e a fortalecer o bem-estar de suas equipes. Continue a leitura para saber mais! 

O que é a Síndrome do Impostor? 

O termo foi descrito em 1978 pelas psicólogas Pauline Clance e Suzanne Imes. Ele define pessoas que, mesmo com evidências de competência, duvidam do próprio mérito e atribuem conquistas a fatores externos, como sorte. 

Esses pensamentos podem gerar comportamentos como: 

  • autossabotagem; 
  • procrastinação; 
  • perfeccionismo excessivo; 
  • recusa a novos desafios. 

Quando persistente, essa síndrome impacta a saúde mental e dificulta o desenvolvimento profissional. 

Esse sentimento pode surgir em qualquer fase da carreira, especialmente quando há pressão por resultados, competição interna e ausência de apoio estruturado. Profissionais em início de carreira ou em processos de transição também podem se sentir inseguros quanto ao próprio desempenho. 

Além disso, normas culturais que associam competência a determinados estereótipos podem intensificar esse sentimento. Quando não há diversidade de perfis em posições de destaque, muitos profissionais deixam de se ver representados e acabam subestimando suas capacidades. 

Por isso, trabalhar o reconhecimento e a valorização das conquistas reais torna-se uma prática relevante para neutralizar esses efeitos. 

Como a cultura da empresa pode reforçar ou combater o problema? 

A cultura organizacional influencia como os colaboradores percebem suas experiências. Ambientes altamente competitivos, sem valorização da escuta ou feedbacks, tendem a acentuar a insegurança. 

Elementos que podem reforçar a Síndrome do Impostor: 

  • foco exclusivo em performance individual; 
  • ausência de diversidade em cargos estratégicos; 
  • comunicação verticalizada; 
  • intolerância ao erro. 

Já uma cultura de apoio e acolhimento contribui para um ambiente mais seguro. Isso inclui práticas como: 

  • incentivo à escuta ativa; 
  • reconhecimento frequente de conquistas; 
  • estímulo ao desenvolvimento constante. 

Transformar a cultura é um processo coletivo. O RH tem papel estratégico ao apoiar líderes, propor políticas inclusivas e estimular comportamentos alinhados a uma gestão mais empática. 

Outro ponto importante é garantir a coerência entre discurso e prática. Não basta promover campanhas de valorização se, no cotidiano, o comportamento da liderança contradiz essas mensagens. A cultura deve ser vivida de forma autêntica. 

Cuidar da cultura é também cuidar da saúde emocional. Uma estrutura organizacional transparente reduz o medo do julgamento e incentiva a autonomia e o protagonismo. 

Quais estratégias o RH pode usar para promover um ambiente mais seguro?

RHs podem adotar ações específicas para reduzir os impactos da Síndrome do Impostor nas equipes. Essas ações envolvem acolhimento, formação e revisão de processos. 

Entre as iniciativas recomendadas: 

  • oferecer treinamentos sobre autoconhecimento e inteligência emocional; 
  • criar programas de mentoria, com foco em inclusão e liderança segura; 
  • estimular grupos de apoio e rodas de conversa; 
  • promover feedbacks frequentes e construtivos. 

Medidas institucionais também ajudam a reduzir a insegurança: 

  • rever critérios de avaliação, considerando o contexto individual; 
  • criar canais de escuta e suporte psicológico; 
  • garantir transparência em promoções e movimentações; 
  • estimular comportamentos de liderança mais humanos. 

Essas práticas favorecem a confiança e o senso de pertencimento. Além disso, reforçam o reconhecimento das competências individuais. 

Vale considerar ainda a implementação de programas de bem-estar integrados, que incluam saúde mental como uma prioridade. Colaboradores que se sentem apoiados tendem a buscar ajuda e compartilhar suas dificuldades sem medo de julgamento. 

Outro ponto é a educação interna sobre vieses inconscientes. Oferecer treinamentos que mostrem como esses vieses afetam decisões pode fortalecer práticas mais justas e conscientes. 

Qual o papel da liderança nesse processo? 

Lideranças influenciam diretamente a percepção de segurança psicológica. Pequenas atitudes no dia a dia podem reforçar ou minimizar a Síndrome do Impostor. 

Para evitar impactos negativos, líderes precisam estar conscientes sobre o tema e preparados para lidar com ele. Isso inclui: 

  • oferecer feedbacks que equilibrem elogios e sugestões; 
  • valorizar tentativas e aprendizados, mesmo com erros; 
  • compartilhar suas próprias inseguranças e como as superaram; 
  • reconhecer o esforço de todos, não apenas os resultados. 

Liderar com empatia fortalece vínculos e reduz o medo de exposição. Quando o time se sente acolhido, a produtividade e a inovação tendem a crescer. 

Além disso, líderes podem atuar como facilitadores da cultura de apoio. Ao reconhecer comportamentos colaborativos e incentivar o diálogo aberto, ajudam a construir relações mais transparentes e seguras. 

Oferecer espaços de escuta individualizada também contribui para identificar sinais precoces da Síndrome do Impostor. Muitas vezes, o simples fato de ter alguém com quem conversar já alivia parte da pressão interna. 

A Síndrome do Impostor representa um desafio real no cotidiano corporativo. Seu impacto vai além do desempenho individual e afeta a cultura e os resultados da organização. Ao reconhecer e atuar sobre esse fenômeno, empresas criam ambientes mais seguros, diversos e produtivos. A atuação do RH e das lideranças é decisiva nesse processo. 

Se você deseja aprofundar nas estratégias e ações do RH que contribuem para o bem-estar dos colaboradores, confira o nosso artigo completo. 

Principais dúvidas sobre a Síndrome do Impostor 

O que é a Síndrome do Impostor? 

É a sensação persistente de não merecer conquistas e de ser uma fraude, mesmo diante de evidências de competência. 

Quem é mais afetado pela Síndrome do Impostor? 

Qualquer pessoa pode ser afetada, especialmente em contextos de pressão, julgamento ou falta de reconhecimento. 

Como a empresa pode ajudar colaboradores com esse problema? 

Criando uma cultura organizacional mais inclusiva, promovendo programas de apoio emocional e treinamentos de autoconhecimento. 

O que o RH pode fazer para combater a Síndrome do Impostor? 

Oferecer mentoria, incentivar o diálogo aberto, revisar critérios de avaliação e estimular o desenvolvimento de lideranças empáticas. 

Como identificar sinais da Síndrome do Impostor em um colaborador? 

Dificuldade em aceitar elogios, excesso de autocrítica e hesitação para assumir responsabilidades podem ser indicativos. 

A síndrome pode ser superada? 

Sim! Com apoio psicológico, reconhecimento profissional e ambientes seguros, muitas pessoas conseguem reduzir significativamente esses sentimentos. 

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Por Gustavo Massensine

Última atualização em 15 de julho de 2025

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