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Riscos ocupacionais: tipos, prevenção e nova NR-1

Recursos Humanos

8 minutos de leitura

Riscos ocupacionais: tipos, prevenção e nova NR-1

Descubra o que são riscos ocupacionais, quais são os principais tipos e como o RH pode agir para preveni-los com base na NR-1 atualizada.

Quando falamos em riscos ocupacionais, a primeira imagem que costuma vir à mente é a de acidentes físicos. Mas o cenário atual exige um olhar mais amplo e mais atento. Riscos ocupacionais também envolvem aspectos mentais, emocionais, organizacionais e psicossociais que impactam diretamente a saúde dos colaboradores e o desempenho da empresa.

A nova versão da NR-1, que passou a incluir riscos psicossociais como parte da gestão obrigatória nas organizações, reforça isso. O que antes era visto como “individual”, agora é uma responsabilidade compartilhada (e o RH tem um papel decisivo nesse processo).

Neste conteúdo, vamos ajudar você a entender o que são riscos ocupacionais, quais os tipos mais comuns, como identificá-los e gerenciá-los de forma eficiente, além de apresentar práticas para evitá-los, com base nas diretrizes da legislação atual. Confira!

O que são riscos ocupacionais?

Riscos ocupacionais são fatores, condições ou práticas que podem comprometer a saúde física, mental ou emocional de uma pessoa durante o trabalho. Isso inclui desde exposição a ruídos e agentes químicos até sobrecarga, assédio moral e jornadas exaustivas.

Esses riscos estão previstos em diversas Normas Regulamentadoras (NRs) do Ministério do Trabalho. A NR-1, atualizada recentemente, funciona como um eixo central: ela exige que todas as empresas implementem um Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) para identificar, avaliar e controlar riscos ocupacionais de forma estruturada.

Mas ela não está sozinha. Normas como a NR-9 (riscos ambientais), NR-7 (saúde ocupacional), NR-17 (ergonomia) e NR-32 (setor da saúde) também tratam de diferentes tipos de riscos — reforçando que a prevenção é multidisciplinar e deve envolver tanto o RH quanto as áreas técnicas.

O principal ponto de atenção? Nem todo risco é visível. Enquanto um vazamento de gás é relativamente fácil de detectar, um quadro de burnout exige escuta ativa, sensibilidade e uma cultura de cuidado.

Quais são os tipos de riscos ocupacionais?

Os riscos ocupacionais são classificados em cinco grandes grupos, conforme os critérios das Normas Regulamentadoras. Cada um deles exige atenção específica e medidas de prevenção que combinem estrutura, informação e cuidado com as pessoas.

Confira abaixo os principais tipos:

Tipo de risco

Exemplos comuns

Físicos

Exposição ao ruído, calor excessivo, vibrações, radiações, frio, pressão anormal.

Químicos

Poeiras, vapores, gases tóxicos, solventes, exposição a produtos de limpeza ou substâncias industriais.

Biológicos

Contato com vírus, bactérias, fungos, parasitas. É comum em hospitais, laboratórios e serviços de saúde.

Ergonômicos

Posturas inadequadas, movimentos repetitivos, esforço físico excessivo, uso prolongado de telas.

Psicossociais/Mentais

Estresse crônico, burnout, assédio moral, ambiente tóxico, pressão excessiva, falta de segurança emocional.

Como gerenciar riscos ocupacionais nas empresas?

Gerenciar riscos ocupacionais é uma exigência legal e, ao mesmo tempo, uma oportunidade real de transformar o ambiente de trabalho em um espaço mais seguro, saudável e produtivo.

O ponto de partida é o Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR). Ele deve identificar, avaliar e monitorar todos os riscos presentes no ambiente corporativo, dos mais visíveis aos mais sutis. E precisa ser atualizado regularmente.

Veja os pilares essenciais para uma gestão de riscos ocupacionais que cumpre os principais requisitos:

  • mapeamento ativo dos riscos: executar visitas técnicas, entrevistas com colaboradores e análise de condições físicas e emocionais de trabalho;
  • participação do RH e da CIPA: unir técnica e escuta ativa para entender o que de fato impacta o dia a dia das equipes;
  • monitoramento contínuo: planilhas, softwares ou plataformas que ajudem a registrar ocorrências e sinalizar padrões;
  • comunicação transparente: garantir que todos saibam quais são os riscos, como evitá-los e como agir quando algo não vai bem.

Como os riscos ocupacionais podem ser evitados ou reduzidos?

Evitar riscos ocupacionais exige uma combinação de prevenção técnica e cultura de cuidado. Não adianta ter protocolos impecáveis no papel se o dia a dia da empresa não respeita os limites físicos e emocionais das pessoas.

Veja algumas medidas que podem ser adotadas pelo RH e pelas lideranças de todas as áreas da empresa:

  • ofereça EPIs e condições adequadas de trabalho: parece básico, mas ainda é negligenciado em muitos contextos. Segurança começa com estrutura;
  • invista em treinamentos contínuos: capacitar o time sobre riscos, ergonomia e boas práticas operacionais é essencial para a prevenção ativa;
  • implemente programas de saúde mental e ergonomia: pausas regulares, acesso à terapia online, avaliação postural e espaços de escuta fazem diferença;
  • use dados e feedbacks para melhorar ambientes: o RH deve acompanhar indicadores como afastamentos, rotatividade e reclamações recorrentes;
  • inclua riscos psicossociais no PGR: é o que determina a nova NR-1. O estresse e o esgotamento também são riscos e precisam de atenção técnica e institucional.

Qual o papel do setor de RH?

Em muitas empresas, o RH ainda é visto apenas como responsável por cumprir obrigações legais quando o assunto é saúde e segurança. Mas a verdade é que o RH tem potencial — e responsabilidade — para liderar uma transformação cultural em torno da prevenção de riscos ocupacionais.

Mais do que preencher formulários ou acompanhar indicadores, o RH deve atuar como ponte entre a gestão de riscos e a experiência real das pessoas. É o setor que “ouve” o que não chega nos relatórios, percebe mudanças de comportamento antes que virem afastamentos e pode levar à liderança o que os dados não capturam. O RH não é só executor: é guardião da cultura de prevenção de riscos ocupacionais.

Gerenciar riscos não é apenas reduzir acidentes. É criar um ambiente onde as pessoas possam trabalhar com segurança, dignidade e saúde, inclusive mental. Prevenir riscos ocupacionais vai muito além de cumprir normas: é uma forma de valorizar as pessoas e proteger o futuro da sua empresa. 

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Perguntas frequentes sobre riscos ocupacionais

A seguir, confira respostas para as principais dúvidas sobre riscos ocupacionais.

O que são riscos ocupacionais psicossociais?
São riscos relacionados à saúde mental, como estresse, burnout e insegurança emocional no trabalho.

O que é PGR?
É o Programa de Gerenciamento de Riscos, obrigatório segundo a NR-1, que identifica, avalia e monitora os riscos ocupacionais.

Qual a importância da NR-1 na prevenção de riscos ocupacionais?
Ela define diretrizes para proteção da saúde dos trabalhadores e agora inclui os riscos psicossociais como fator de atenção.

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Por Julia Silva

Última atualização em 5 de junho de 2025

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