
Cultura organizacional: estratégias para fortalecer valores em tempos de mudança
Entenda como fortalecer a cultura organizacional durante períodos de mudança e veja estratégias eficazes para líderes de RH em ambientes híbridos e remotos.
Recursos Humanos
8 minutos de leitura
Por Julia Silva
Última atualização em 5 de junho de 2025
Quando falamos em riscos ocupacionais, a primeira imagem que costuma vir à mente é a de acidentes físicos. Mas o cenário atual exige um olhar mais amplo e mais atento. Riscos ocupacionais também envolvem aspectos mentais, emocionais, organizacionais e psicossociais que impactam diretamente a saúde dos colaboradores e o desempenho da empresa.
A nova versão da NR-1, que passou a incluir riscos psicossociais como parte da gestão obrigatória nas organizações, reforça isso. O que antes era visto como “individual”, agora é uma responsabilidade compartilhada (e o RH tem um papel decisivo nesse processo).
Neste conteúdo, vamos ajudar você a entender o que são riscos ocupacionais, quais os tipos mais comuns, como identificá-los e gerenciá-los de forma eficiente, além de apresentar práticas para evitá-los, com base nas diretrizes da legislação atual. Confira!
Riscos ocupacionais são fatores, condições ou práticas que podem comprometer a saúde física, mental ou emocional de uma pessoa durante o trabalho. Isso inclui desde exposição a ruídos e agentes químicos até sobrecarga, assédio moral e jornadas exaustivas.
Esses riscos estão previstos em diversas Normas Regulamentadoras (NRs) do Ministério do Trabalho. A NR-1, atualizada recentemente, funciona como um eixo central: ela exige que todas as empresas implementem um Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) para identificar, avaliar e controlar riscos ocupacionais de forma estruturada.
Mas ela não está sozinha. Normas como a NR-9 (riscos ambientais), NR-7 (saúde ocupacional), NR-17 (ergonomia) e NR-32 (setor da saúde) também tratam de diferentes tipos de riscos — reforçando que a prevenção é multidisciplinar e deve envolver tanto o RH quanto as áreas técnicas.
O principal ponto de atenção? Nem todo risco é visível. Enquanto um vazamento de gás é relativamente fácil de detectar, um quadro de burnout exige escuta ativa, sensibilidade e uma cultura de cuidado.
Os riscos ocupacionais são classificados em cinco grandes grupos, conforme os critérios das Normas Regulamentadoras. Cada um deles exige atenção específica e medidas de prevenção que combinem estrutura, informação e cuidado com as pessoas.
Confira abaixo os principais tipos:
Tipo de risco |
Exemplos comuns |
Físicos |
Exposição ao ruído, calor excessivo, vibrações, radiações, frio, pressão anormal. |
Químicos |
Poeiras, vapores, gases tóxicos, solventes, exposição a produtos de limpeza ou substâncias industriais. |
Biológicos |
Contato com vírus, bactérias, fungos, parasitas. É comum em hospitais, laboratórios e serviços de saúde. |
Ergonômicos |
Posturas inadequadas, movimentos repetitivos, esforço físico excessivo, uso prolongado de telas. |
Psicossociais/Mentais |
Estresse crônico, burnout, assédio moral, ambiente tóxico, pressão excessiva, falta de segurança emocional. |
Gerenciar riscos ocupacionais é uma exigência legal e, ao mesmo tempo, uma oportunidade real de transformar o ambiente de trabalho em um espaço mais seguro, saudável e produtivo.
O ponto de partida é o Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR). Ele deve identificar, avaliar e monitorar todos os riscos presentes no ambiente corporativo, dos mais visíveis aos mais sutis. E precisa ser atualizado regularmente.
Veja os pilares essenciais para uma gestão de riscos ocupacionais que cumpre os principais requisitos:
Evitar riscos ocupacionais exige uma combinação de prevenção técnica e cultura de cuidado. Não adianta ter protocolos impecáveis no papel se o dia a dia da empresa não respeita os limites físicos e emocionais das pessoas.
Veja algumas medidas que podem ser adotadas pelo RH e pelas lideranças de todas as áreas da empresa:
Em muitas empresas, o RH ainda é visto apenas como responsável por cumprir obrigações legais quando o assunto é saúde e segurança. Mas a verdade é que o RH tem potencial — e responsabilidade — para liderar uma transformação cultural em torno da prevenção de riscos ocupacionais.
Mais do que preencher formulários ou acompanhar indicadores, o RH deve atuar como ponte entre a gestão de riscos e a experiência real das pessoas. É o setor que “ouve” o que não chega nos relatórios, percebe mudanças de comportamento antes que virem afastamentos e pode levar à liderança o que os dados não capturam. O RH não é só executor: é guardião da cultura de prevenção de riscos ocupacionais.
Gerenciar riscos não é apenas reduzir acidentes. É criar um ambiente onde as pessoas possam trabalhar com segurança, dignidade e saúde, inclusive mental. Prevenir riscos ocupacionais vai muito além de cumprir normas: é uma forma de valorizar as pessoas e proteger o futuro da sua empresa.
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A seguir, confira respostas para as principais dúvidas sobre riscos ocupacionais.
O que são riscos ocupacionais psicossociais?
São riscos relacionados à saúde mental, como estresse, burnout e insegurança emocional no trabalho.
O que é PGR?
É o Programa de Gerenciamento de Riscos, obrigatório segundo a NR-1, que identifica, avalia e monitora os riscos ocupacionais.
Qual a importância da NR-1 na prevenção de riscos ocupacionais?
Ela define diretrizes para proteção da saúde dos trabalhadores e agora inclui os riscos psicossociais como fator de atenção.
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