
Riscos psicossociais no trabalho: exemplos, causas e como prevenir
Saiba o que são os riscos psicossociais, como identificá-los e o que fazer para criar um ambiente de trabalho saudável.
Recursos Humanos
11 minutos de leitura
Por Julia Silva
Última atualização em 26 de junho de 2025
Mesmo com salário competitivo, benefícios tradicionais, bônus de performance e, ainda assim, os pedidos de desligamento são constantes? Se esse cenário parece familiar, talvez falte um diferencial na sua estratégia de retenção: o salário emocional.
Em um mercado de trabalho em que equilíbrio, reconhecimento e bem-estar pesam tanto quanto a remuneração, oferecer apenas vantagens financeiras já não basta. Cada vez mais, os colaboradores querem se sentir vistos, valorizados e conectados ao propósito da empresa.
Neste texto, você vai entender o que é o salário emocional, por que ele influencia diretamente na motivação e retenção de talentos e como aplicá-lo de forma inteligente no seu negócio. Vamos resolver isso juntos?
Salário emocional é o conjunto de benefícios não financeiros que uma empresa oferece para tornar a experiência de trabalho mais humana, acolhedora e motivadora.
Estamos falando de ações que vão além do contracheque: ambiente positivo, reconhecimento constante, equilíbrio entre vida pessoal e profissional e oportunidades reais de crescimento. Tudo isso conta (e muito).
Mas atenção: o salário emocional não substitui a remuneração tradicional nem os benefícios obrigatórios por lei. Ele complementa a jornada do colaborador e fortalece o vínculo com a empresa.
Para definir quais serão os incentivos ofertados, o RH deve estudar e considerar o perfil e as expectativas dos funcionários.
Isso tem um impacto direto na motivação, no engajamento e, principalmente, na retenção de talentos. Um levantamento da Michael Page mostra que 8 em cada 10 pessoas pedem demissão por motivos como:
Ou seja, o dinheiro pode até atrair, mas o ambiente é o que faz ficar. É aí que entra o poder transformador do salário emocional: ele combate desgastes silenciosos e contribui para uma cultura mais saudável e produtiva.
O salário emocional deve ser adaptado à realidade e aos valores da empresa. Algumas práticas ajudam a construir um ambiente mais saudável, motivador e conectado com as expectativas do time:
Essas são apenas algumas maneiras de tornar o dia a dia mais significativo para quem faz a empresa acontecer. E o melhor: muitas delas têm baixo custo e alto impacto.
Não existe fórmula pronta para implementar o salário emocional em uma empresa. O ponto de partida é reconhecer que ele precisa fazer sentido para quem trabalha e estar em sintonia com a cultura organizacional.
Para começar com o pé direito, aqui vão algumas dicas:
Para que o salário emocional gere resultados reais, ele precisa conversar com a cultura e os valores que a empresa vive no dia a dia, não apenas os que estão escritos na missão institucional.
Por exemplo, oferecer trabalho remoto ou horários flexíveis pode soar incoerente se a gestão cobra presença física ou controle rígido de ponto em horários tradicionais.
Quando há desalinhamento entre discurso e prática, a confiança é abalada e os benefícios perdem força.
Além disso, é importante que o salário emocional não seja usado para compensar falhas na remuneração ou na gestão da empresa. O foco deve estar no bem-estar integral do colaborador, sem desconsiderar a importância de uma boa política salarial.
Empresas que enxergam o bem-estar emocional como parte estratégica da gestão de pessoas colhem resultados práticos: mais engajamento, menos rotatividade e maior produtividade.
O Panorama do bem-estar corporativo 2022, divulgado pelo Wellhub, mostra que o bem-estar já tem o mesmo peso que o salário nas decisões de carreira para a maioria dos profissionais. Veja:
Ou seja, investir em salário emocional é garantir que as pessoas queiram permanecer, crescer e contribuir com o negócio.
Cultura forte se constrói com escolhas consistentes e o salário emocional é uma delas. Ao investir em benefícios que realmente importam para o time, a empresa vai além da retenção: ela atrai pessoas alinhadas com seus valores e propósito.
Com a atualização da NR-1, a saúde mental e o bem-estar dos colaboradores passam a ser, além de boas práticas, obrigações legais das empresas.
Isso reforça ainda mais a importância de estruturar políticas que cuidem do emocional com inteligência, estratégia e responsabilidade.
A SalaryFits pode ser sua parceira nesse movimento, com soluções que conectam empresas, RHs e colaboradores em torno de uma cultura mais humana, saudável e sustentável.
Investir em salário emocional é investir em pessoas. Mais do que um diferencial, essa prática fortalece a cultura organizacional, promove bem-estar e contribui para uma relação de confiança entre colaboradores e empresa. Ao colocar o cuidado no centro da estratégia de gestão, as organizações se tornam mais atrativas, engajadas e preparadas para os desafios.
Vamos juntos transformar bem-estar em vantagem competitiva? Fale com a gente e prepare sua empresa para o presente e o futuro do trabalho.
Confira, a seguir, as respostas para algumas das principais perguntas sobre o tema.
O que é salário emocional?
É o conjunto de benefícios não financeiros que a empresa oferece para aumentar o bem-estar, a motivação e a satisfação dos colaboradores, o que complementa a remuneração tradicional.
O que são lucros emocionais?
São os ganhos subjetivos que o colaborador tem ao se sentir valorizado, reconhecido e respeitado no ambiente de trabalho. Esses lucros fortalecem a motivação e aumentam o vínculo com a empresa.
Quais são os exemplos de salário emocional?
Horário flexível, home office, plano de carreira, reconhecimento profissional, oportunidades de desenvolvimento, programas de bem-estar e um ambiente de trabalho positivo são alguns exemplos.
Saiba o que são os riscos psicossociais, como identificá-los e o que fazer para criar um ambiente de trabalho saudável.
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