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Ansiedade no trabalho: causas, sintomas e o papel do RH

Recursos Humanos

8 minutos de leitura

Ansiedade no trabalho: causas, sintomas e o papel do RH

A ansiedade no trabalho afeta milhares de profissionais no Brasil. Entenda como o RH pode lidar com essa realidade de forma segura, ética e acolhedora.

A ansiedade no trabalho é uma das principais causas de afastamento profissional no Brasil — e os dados só reforçam o que muitos RHs já vivenciam na prática. Segundo a nova versão da NR-1, que reconhece os riscos psicossociais no ambiente corporativo, empresas agora podem ser responsabilizadas por não cuidar da saúde mental de seus colaboradores. 

E não estamos falando apenas de profissionais de outros setores. Muitos profissionais de Recursos Humanos também enfrentam sintomas silenciosos de ansiedade, especialmente diante de acúmulo de funções, pressão por metas e o desafio de cuidar dos outros enquanto negligenciam a si mesmos.

Por isso, este conteúdo foi feito para você — que quer entender os sinais, as causas e, principalmente, o que fazer quando a ansiedade começa a interferir no dia a dia do trabalho. Aqui, vamos falar sobre sintomas, acolhimento, prevenção e sobre o papel vital do RH na construção de ambientes mais humanos e seguros. Saiba mais!

O que é ansiedade no trabalho?

A ansiedade no trabalho é um estado de tensão constante relacionado às tarefas, às metas e às relações no ambiente profissional. 

Ela pode se manifestar de forma pontual — como aquele frio na barriga antes de uma entrega importante — ou evoluir para quadros mais graves, como o Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG), que exige acompanhamento clínico.

Embora seja comum, isso não significa que seja normal. A ansiedade começa a preocupar quando interfere diretamente na produtividade, no sono, no humor e no relacionamento com a equipe.

Por isso, diferenciar ansiedade situacional de um transtorno mais profundo é fundamental para o RH agir com responsabilidade e sensibilidade.

Quais são as principais causas da ansiedade no ambiente corporativo?

A ansiedade no trabalho raramente surge do nada. Em geral, ela é alimentada por uma série de fatores presentes na cultura e na estrutura da empresa.

Veja as causas mais comuns que disparam ou agravam os sintomas de ansiedade no ambiente corporativo:

  • sobrecarga e acúmulo de tarefas: quando um colaborador assume funções de mais de uma pessoa, sem o suporte ou a estrutura adequados, o impacto na saúde emocional é imediato;
  • pressão por resultados e prazos incontroláveis: trabalhar sob metas inalcançáveis, prazos mal planejados e ausência de autonomia cria um ambiente de constante tensão. Sem margem para pausas, a mente entra em estado de alerta constante;
  • instabilidade organizacional ou falta de feedback: fusões, demissões em massa, mudanças repentinas e ausência de retorno sobre o desempenho criam uma sensação de insegurança;
  • ausência de apoio psicológico, financeiro e social: a falta de canais de escuta, benefícios relevantes e suporte para lidar com pressões externas (como dívidas, luto ou separação) reforça o isolamento do colaborador e aprofunda sua vulnerabilidade emocional;
  • cultura organizacional tóxica e falta de segurança psicológica: ambientes onde reina o medo, a competitividade excessiva e a falta de empatia tendem a gerar ansiedade crônica e outros transtornos mentais;
  • impactos da vida pessoal: conciliar trabalho, casa, filhos e vida social não é fácil, especialmente para mulheres, em que a jornada dupla (ou tripla) é uma realidade.

Reconhecer essas causas é o primeiro passo para mudar a realidade do time. E não adianta terceirizar essa responsabilidade: o RH é protagonista na condução do diagnóstico e proposição de soluções.

Quais são os sintomas mais comuns da ansiedade no trabalho?

A ansiedade no trabalho pode se manifestar de forma silenciosa — e o RH precisa estar preparado para reconhecer os sinais antes que o problema se agrave:

  • sintomas físicos: taquicardia, sudorese, tensão muscular, dores de cabeça e distúrbios no sono são comuns, mas muitas vezes ignorados;
  • sintomas cognitivos: dificuldade de concentração, pensamento acelerado e lapsos de memória afetam diretamente a performance, mesmo em tarefas simples;
  • sintomas emocionais: sensação constante de medo, irritabilidade, insegurança e pensamentos autodepreciativos podem indicar um quadro mais grave;
  • sintomas comportamentais: presenteísmo (estar presente, mas improdutivo), afastamento social, procrastinação e uso excessivo de justificativas são alertas importantes.

Como lidar com casos de ansiedade no trabalho?

Quando um colaborador demonstra sinais de ansiedade, o RH precisa agir com empatia, responsabilidade e estratégia. Ignorar o problema não só agrava o quadro, como pode gerar impactos jurídicos, éticos e de clima organizacional.

Aqui vão algumas boas práticas:

  • crie espaços seguros de escuta: treinamentos em escuta ativa e acolhimento são essenciais para que o RH e as lideranças saibam ouvir sem julgamento;
  • ofereça apoio psicológico acessível: canais de atendimento, programas de terapia online e parceiros especializados mostram que a empresa se importa de verdade;
  • flexibilize quando necessário: jornadas rígidas, metas inalcançáveis e falta de autonomia só reforçam o estresse. Rever prazos e dar mais controle ao colaborador pode aliviar a pressão;
  • atualize o PGR com foco em riscos psicossociais: a nova NR-1 exige que a saúde mental esteja no radar da gestão de riscos ocupacionais;
  • encaminhe para atendimento profissional: psicólogos e psiquiatras devem ser acionados em casos persistentes ou mais graves;
  • mantenha o sigilo e a confiança institucional: isso protege o colaborador e reforça a cultura de cuidado da empresa.

A ansiedade no trabalho não pode mais ser tratada como um problema invisível. Reconhecer os sinais, ouvir com atenção e criar estratégias reais de acolhimento são atitudes que transformam ambientes e fortalecem equipes. O RH tem nas mãos a chance de liderar essa mudança, não só como guardião de processos, mas como agente ativo de bem-estar. Quando o cuidado vira prioridade, a produtividade acompanha. E todo mundo ganha!

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Saiba o que as pessoas também estão perguntando sobre ansiedade no trabalho

Veja, a seguir, as respostas para as principais dúvidas sobre ansiedade no trabalho.

O que fazer quando um colaborador apresenta sinais de ansiedade no trabalho?
Ouça com empatia, evite julgamentos e encaminhe para apoio psicológico. O acolhimento imediato faz toda a diferença.

Pode demitir um colaborador com ansiedade?
Pode, mas a decisão deve ser feita com muito critério. A legislação protege trabalhadores com transtornos mentais diagnosticados.

Quais são os direitos de quem sofre de ansiedade no trabalho?
Com laudo médico, o colaborador pode solicitar afastamento via INSS. A empresa deve garantir um ambiente sem discriminação ou assédio.

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Por Julia Silva

Última atualização em 12 de junho de 2025

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