
Sobrecarga no trabalho: como o RH pode diagnosticar e mitigar com estratégias práticas
Entenda como o RH pode identificar e ser estratégico para reduzir a sobrecarga no trabalho e melhorar o bem-estar ocupacional.
Recursos Humanos
13 minutos de leitura
Por Julia Silva
Última atualização em 8 de julho de 2025
Sentir que as demandas não param de crescer virou uma realidade comum nas empresas. A sobrecarga no trabalho tem se intensificado diante de fatores como ritmo acelerado, metas pouco realistas e pressão constante por grandes resultados.
Quando isso se acumula, o impacto é inevitável: profissionais esgotados e produtividade em queda. Nesse cenário, o RH assume um papel estratégico, com diagnóstico da sobrecarga com clareza e implementação de soluções que tragam equilíbrio e sustentabilidade à rotina.
Você vai entender o que caracteriza a sobrecarga no trabalho, como ela se manifesta no dia a dia e quais são os caminhos práticos para identificar, mitigar e reestruturar essa realidade com inteligência. Vem com a gente!
A sobrecarga no trabalho é quando o trabalhador está, frequentemente, com alta carga de demandas, prazos muito curtos, acúmulo de funções ou passa por pressão constante dentro do ambiente organizacional.
Essa situação leva o colaborador à exaustão, o que impossibilita uma boa execução do seu trabalho e compromete a qualidade das entregas. Dentre as principais manifestações da sobrecarga no trabalho, estão:
É claro que, em um ambiente dinâmico, demandas urgentes acontecem. Mas, quando a urgência vira um padrão, a sobrecarga crônica, a frequência de cobranças e os prazos “para ontem” se tornam adoecedores.
Além do volume de tarefas, o excesso de reuniões improdutivas e mal distribuídas ao longo do dia também contribui para o desgaste. O colaborador passa horas em chamadas, sem tempo para focar no que precisa ser feito, o que intensifica a sensação de improdutividade, frustração e sobrecarga contínua.
Uma pesquisa da empresa de consultoria Korn Ferry mostrou que 67% dos participantes sentem que reuniões em excesso prejudicam a eficácia do seu trabalho, enquanto 34% desperdiçaram até 5 horas por dia em reuniões sem sentido.
A sobrecarga de trabalho afeta diretamente tanto o colaborador quanto os resultados do negócio. Para o profissional, os impactos mais frequentes incluem:
Já do ponto de vista da empresa, os efeitos podem ser percebidos em:
Muitos desses efeitos têm origem em fatores psicossociais presentes no ambiente corporativo, como pressão constante, metas inalcançáveis e falta de apoio da liderança.
Esses fatores foram formalmente reconhecidos pela nova versão da NR-1, que determina que empresas devem mapear e atuar sobre eles de forma preventiva, sob risco de fiscalização e penalidades a partir de 2026.
Antes de propor qualquer mudança, é preciso entender a realidade organizacional. O mapeamento de carga de trabalho e a comparação entre tempo estimado e tempo real de execução ajudam a identificar onde o excesso compromete a rotina da equipe.
Além dos dados, alguns comportamentos indicam acúmulo insustentável: retrabalho constante, horas extras recorrentes e queda na qualidade das entregas. Isso não é dedicação, é sinal de alerta.
Aqui, o RH precisa ir além dos números. Reuniões 1:1 bem conduzidas abrem espaço para que o colaborador fale sobre sobrecargas silenciosas, prioridades desalinhadas ou obstáculos que não estão nos relatórios.
Combinando dados quantitativos e escuta ativa, o diagnóstico se torna mais completo e a atuação do RH, muito mais estratégica.
Evitar a sobrecarga no trabalho e garantir um ritmo saudável de produção exige um conjunto de ações articuladas. O RH tem papel central nesse processo, mas precisa atuar com foco, dados e colaboração.
Algumas estratégias essenciais incluem:
Para que essas ações se transformem em práticas reais, as lideranças precisam estar alinhadas com o RH para identificar sinais de sobrecarga nas equipes, ajustar expectativas e ser exemplo de gestão equilibrada.
Com RH e gestão atuando juntos, é possível transformar o excesso em equilíbrio e criar um ambiente em que exista produtividade e saúde.
Cultura organizacional e liderança não podem atuar desconectados, principalmente quando o objetivo é promover um ambiente de trabalho saudável e produtivo. São esses dois elementos que influenciam o ritmo, os limites e o nível de autonomia que as equipes têm no dia a dia.
Líderes devem atuar respeitando pausas e horários de descanso sem cobrar respostas imediatas em plataformas de comunicação. Segundo a CNN Brasil, pausas de 10 min durante o trabalho podem diminuir a fadiga.
A lógica do “herói corporativo” — quem assume tudo, responde a todos e apaga incêndios o tempo inteiro — ainda persiste em muitas empresas. Segundo a Forbes, 67% dos profissionais sentem alguma forma de burnout, com 23% dizendo que se sentem esgotados no trabalho.
Reduzir a sobrecarga exige mais do que boas intenções. É preciso normalizar pausas, reconhecer entregas consistentes (em vez de esforço exaustivo) e valorizar a construção de um ritmo sustentável, com apoio real da liderança.
A sobrecarga no trabalho não nasce apenas do excesso de tarefas — ela é agravada por fatores silenciosos, como a pressão financeira constante.
Colaboradores que lidam com dívidas, insegurança econômica ou falta de planejamento financeiro estão mais propensos a desenvolver sintomas de esgotamento, como insônia, irritabilidade e dificuldade de concentração.
Uma pesquisa da International Stress Management Association no Brasil (ISMA-BR) revelou que 78% dos brasileiros consideram a incerteza financeira como a principal causa de preocupação, o que destaca o impacto significativo das finanças na saúde mental dos trabalhadores.
É nesse ponto que a SalaryFits atua: ajuda o RH a oferecer soluções práticas e acessíveis que reduzem o estresse financeiro e promovem o bem-estar integral da equipe.
Com a plataforma, é possível:
Mais do que “oferecer benefícios”, a SalaryFits ajuda a construir um ecossistema de bem-estar que atua nas causas da sobrecarga, o que promove mais saúde, autonomia e produtividade de forma sustentável!
A sobrecarga no trabalho é um desafio complexo e multifatorial, que exige do RH uma atuação estratégica, sensível e integrada. Diagnosticar com precisão, envolver lideranças e promover uma cultura de equilíbrio não é apenas uma questão de produtividade — é uma responsabilidade com a saúde física, mental e financeira das pessoas. Ao adotar soluções que atacam as causas da sobrecarga e não apenas os sintomas, as empresas constroem ambientes mais saudáveis, engajados e sustentáveis.
Agora, entre em contato conosco e conheça as soluções da SalaryFits para transformar saúde financeira e emocional em parte da sua estratégia de combate à sobrecarga.
Veja as respostas para as dúvidas mais comuns sobre sobrecarga no trabalho.
O que é considerado sobrecarga no trabalho?
É quando o volume ou a complexidade de tarefas ultrapassa, de forma recorrente, a capacidade de execução de uma pessoa ou equipe, o que compromete prazos, qualidade e saúde mental.
Quais os sintomas de sobrecarga?
Fadiga constante, lapsos de memória, ansiedade, irritabilidade, baixa produtividade, sentimento de culpa por não dar conta e afastamentos por estresse ou transtornos mentais.
A sobrecarga de trabalho é crime?
Não existe um crime específico para isso, mas empresas podem ser responsabilizadas de modo civil e trabalhista caso negligenciem as condições de saúde ocupacional dos colaboradores.
A CLT fala sobre sobrecarga no trabalho?
A CLT não utiliza esse termo diretamente, mas define regras sobre jornada, intervalos, condições seguras de trabalho e saúde mental, o que pode embasar ações legais em casos de sobrecarga comprovada.
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