A saúde mental deixou de ser um tema opcional para se consolidar como uma prioridade estratégica no mundo corporativo. Impulsionada pelo cenário pós-pandemia, a necessidade de ambientes de trabalho saudáveis e de iniciativas que integrem o bem-estar à produtividade nunca esteve tão evidente.

Os números não mentem: entre 2020 e 2022, os transtornos mentais foram responsáveis por 18% dos afastamentos no Brasil, segundo o Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho. No setor financeiro, essa taxa chegou a alarmantes 68%, o que evidenciou como algumas áreas são ainda mais impactadas.

É nesse contexto que o Anuário Saúde Mental nas Empresas 2024 se apresenta como uma referência essencial. O estudo analisa os compromissos e ações de 100 dos maiores grupos empresariais do Brasil no enfrentamento dos desafios de saúde mental, o que promove uma visão transparente, detalhada e estratégica sobre o tema.

Com uma metodologia que abrange múltiplas dimensões — de psicoeducação e práticas alternativas a data analytics e suporte psicológico especializado — o Anuário se aprofunda em como as instituições transformam o discurso em ação. Continue no artigo para saber mais!

Principais destaques do Anuário Saúde Mental nas Empresas 2024

O Anuário Saúde Mental nas Empresas 2024 revela um cenário desafiador: a atenção das organizações à saúde mental dos colaboradores caiu. Se em 2023 o índice médio geral era de 5,40, em 2024 ele sofreu uma queda para 5,06 (em uma escala de 16 pontos). 

O resultado acende um alerta claro: a saúde mental não pode ser tratada como uma pauta sazonal. À medida que a pandemia fica mais distante, o foco no tema também parece se diluir — o que representa um risco para a saúde organizacional e para o bem-estar dos colaboradores.

Mas há boas notícias e boas práticas que precisam ser destacadas. Algumas empresas não só mantiveram a prioridade na agenda, como deram um salto significativo no ranking, o que prova que investimento consistente gera resultados visíveis:

• Itaú Unibanco conquistou o primeiro lugar no ranking geral, com impressionantes 14,43 pontos, e subiu da 4ª posição do ano anterior. O que fez a diferença? Programas efetivos e integrados, que cobrem desde suporte psicológico até ações estruturais de promoção do bem-estar;
• Vibra, segunda colocada com 13,95 pontos, é outro case de destaque: subiu 33 posições em relação a 2023, uma evolução significativa em tão pouco tempo.
• Bradesco, com 13,76 pontos, fecha o top 3, consolidando um compromisso forte com a saúde mental dos seus colaboradores.

Esses números não são apenas métricas: são reflexo de ações concretas como a oferta de programas de psicoterapia, treinamento de lideranças e estratégias alinhadas ao ESG, que criam ambientes de trabalho mais saudáveis e produtivos.

Resultados observados em diferentes setores

No recorte setorial, o financeiro se destacou mais uma vez, com a maior média entre os setores analisados: 11,34 pontos. A liderança reflete uma resposta estruturada a um setor historicamente desafiador, que reconhece o impacto direto do bem-estar na alta performance.

Por outro lado, o agronegócio ainda tem um longo caminho a percorrer. Com apenas 1,91 pontos, o setor apresentou baixa adesão a iniciativas de saúde mental, mesmo com o alto índice de afastamentos. O dado chama a atenção e reforça a necessidade de uma mudança de cultura mais ampla.

Há, no entanto, sinais de avanço em outros setores. Telecom, Tecnologia e Comunicação, por exemplo, apresentaram um crescimento expressivo de 26%. A tendência sinaliza um movimento positivo de empresas que começam a entender que saúde mental é um ativo estratégico — e não um custo.

O Anuário mostra com clareza: organizações que tratam a saúde mental como prioridade colhem os resultados em engajamento, retenção e produtividade. 

A questão agora é: como seguir o exemplo dos líderes de mercado e garantir que essa pauta permaneça no centro das estratégias corporativas?

Saúde mental na prática: saiba como as empresas podem assumir uma posição protagonista

Quando falamos em saúde mental no ambiente corporativo, não estamos falando de uma “causa nobre” isolada ou de uma simples tendência passageira. Como reforça Carlos Assis, fundador do Instituto Philos Org: 

“A saúde mental não pode ser encarada de forma sazonal, mas como um pilar estratégico”.

Empresas que enxergam o potencial transformador dessa pauta — e agem de forma consistente — conseguem alinhar suas metas de negócio com os princípios ESG, ao mesmo tempo em que fortalecem a produtividade, a inovação e a retenção de talentos. 

Mas o caminho exige mais do que boas intenções: ele passa por ações integradas e mensuráveis. O Anuário Saúde Mental nas Empresas 2024 destaca práticas que se consolidam como essenciais para organizações que desejam protagonizar essa mudança. São elas:

• suporte estruturado: oferecer acesso à psicoterapia e atendimento psiquiátrico contínuo;
• psicoeducação: capacitar colaboradores e lideranças para entender, identificar e atuar preventivamente na saúde mental;
• desenvolvimento de lideranças: formar gestores para serem promotores ativos de bem-estar nas equipes;
• programas comunitários e ações sociais: ampliar o impacto da empresa para além dos muros organizacionais, engajando colaboradores em causas sociais ligadas ao tema;
• tecnologia e dados: usar ferramentas de analytics e pesquisas internas para acompanhar métricas de saúde mental e ajustar programas com base em dados concretos.

Agora, o tema ganhou ainda mais peso com o avanço da Lei 14.831/2024. A legislação instituiu o Certificado de Empresa Promotora de Saúde Mental, exigindo ações consistentes e transparência na promoção do bem-estar. Organizações que lideram esse movimento não ganham apenas reconhecimento — ganham a preferência de talentos, parceiros e consumidores. 

Isso se traduz em grandes vantagens competitivas.

Quem está protagonizando essa transformação?

Empresas como Suzano e Tereos, clientes da SalaryFits, são exemplos vivos de como o cuidado com a saúde mental pode se converter em inovação e impacto positivo.

A Suzano, gigante do setor de papel e celulose, aposta em programas que combinam suporte psiquiátrico, ações de psicoeducação e grupos de afinidade. Um dos destaques é a iniciativa de ações comunitárias, que promove o engajamento dos colaboradores em projetos de impacto social, criando um ciclo virtuoso de bem-estar e propósito.

Já a Tereos, referência em agronegócio, enfrenta os desafios do setor com soluções práticas e avançadas. A empresa implementou um programa estruturado de atendimento psicológico, aliado a iniciativas de educação para líderes e equipes. A estratégia resultou em um aumento na participação das lideranças, o que gerou um ambiente de trabalho mais aberto, acolhedor e produtivo.

Ao lado dessas grandes empresas, a SalaryFits atua como facilitadora de soluções que promovem o bem-estar financeiro e emocional dos colaboradores. Por meio da plataforma multibenefícios, a SalaryFits conecta colaboradores a benefícios acessíveis, como programas de educação financeira, adiantamento salarial, serviços de saúde e suporte psicológico, o que provoca impacto direto no engajamento e na qualidade de vida no ambiente de trabalho.

Suzano e Tereos mostram que é necessário integrar a saúde mental ao DNA da organização e aplicam esse conceito na prática! São movimentos como esses que transformam culturas organizacionais, reduzem afastamentos e impulsionam a inovação sustentável.

No fim das contas, dão um recado claro: investir em saúde mental não é um custo — é um diferencial competitivo. Ainda mais quando escolhem a SalaryFits, que é CUSTO ZERO para o RH. ;) 

Exemplos de boas práticas e soluções inspiradoras

Empresas que se comprometem com essa agenda não apenas atendem às expectativas de ESG, mas também promovem um clima organizacional, que favorece a alta performance e a redução de turnover.

Vamos entender o que fizeram as organizações que se destacaram no Anuário Saúde Mental nas Empresas 2024: como implementaram suas iniciativas, quais estratégias adotaram e o impacto gerado.

Vibra: do 35º lugar ao Top 2 com o Programa EstarBem

A Vibra protagonizou uma das maiores evoluções do ranking, saltando da 35ª posição em 2023 para a 2ª colocação em 2024. O que impulsionou esse avanço? Um compromisso estruturado e holístico com a saúde mental por meio do Programa EstarBem.

A iniciativa inclui:

• 30 sessões gratuitas de atendimento psicológico para colaboradores e dependentes;
• acompanhamento nutricional e físico para promover o equilíbrio entre corpo e mente;
• encontros de lideranças focados em segurança psicológica no ambiente de trabalho;
• palestras e rodas de conversa para desmistificar a saúde mental e incentivar o diálogo aberto.

Ambev: apoio psicológico presencial com o programa CARE

A Ambev reforça sua responsabilidade com a saúde emocional dos colaboradores por meio do Programa CARE, realizado em parceria com o Hospital Albert Einstein.

O programa oferece atendimento psicológico presencial para os funcionários, o que garante suporte próximo e acessível.

Ao investir em uma abordagem que alia qualidade e parceria com instituições renomadas, a Ambev cria uma rede de cuidado efetiva e acolhedora.

Telefônica/Vivo: bem-estar integrado à diversidade e inclusão

A Telefônica/Vivo, líder no setor de Telecom, aposta em iniciativas que promovem um cuidado completo com os colaboradores. Entre os destaques está o Espaço Bem-Estar, que oferece:

• atendimento com médicos da família;
• equipe multidisciplinar com acupunturistas, educadores físicos e salas de meditação, osteopatia e eletroestimulação.

A Plataforma Acolhe também é uma iniciativa interessante, em parceria com a Universidade Zumbi dos Palmares, é o primeiro canal de acolhimento psicossocial e assistência jurídica para vítimas de racismo.

Itaú Unibanco: líder em saúde mental com foco na gestão

O Itaú Unibanco, líder do ranking geral, aposta em programas de psicoeducação e suporte às lideranças.

Desde 2019, o banco desenvolve:

• treinamentos regulares para gestores, com foco no autocuidado e em habilidades socioemocionais para lidar com suas equipes;
• ação de letramento em saúde mental, realizada em 2023, para preparar as lideranças a lidarem com situações desafiadoras e incentivarem o autocuidado.

Para inserir o debate sobre saúde mental nas empresas, é preciso haver uma mudança cultural. Os exemplos apresentados pelo Anuário 2024 destacam que a transformação só é possível com o compromisso das lideranças e a integração da saúde mental à estratégia organizacional.

Agora, descubra como a SalaryFits pode ajudar sua empresa a implementar programas de saúde mental na sua organização!