
Checklist para implementar um programa de bem-estar mental na sua empresa
Descubra a importância do programa de bem-estar mental na empresa, suas principais soluções e como implementar essa estratégia!
Recursos Humanos
12 minutos de leitura
Por Julia Silva
Última atualização em 7 de fevereiro de 2025
A existência da expressão “RH Tech” é a prova de que a transformação digital no RH chegou para ficar!
Existem inúmeras soluções que já mostraram o quanto é possível evoluir e tornar o setor ainda mais estratégico, mas, para que elas entreguem todo o potencial, precisam ser implementadas de fato.
Da possibilidade de uso da automação de processos de RH à implementação de sistemas de gestão de talentos, há muito a se inspirar quando o assunto é a integração de novas tecnologias ao setor.
E é exatamente isso o que vamos propor ao longo do texto: conheça as principais tendências em tecnologia voltadas para o RH!
RH Tech nada mais é do que a aplicação da tecnologia para transformar a maneira como fazemos a gestão de pessoas dentro das organizações.
Se você pensa que tecnologia no RH se resume a transferir os processos do papel para uma planilha de Excel, é hora de atualizar o mindset! Hoje, já existe uma gama incrível de ferramentas, softwares e plataformas projetadas para otimizar tudo, desde a contratação até o desenvolvimento e gestão de talentos.
Ou seja: não estamos falando apenas de automatizar o trabalho chato, mas de elevar o nível da gestão de pessoas na sua empresa, evoluindo as entregas do setor para algo muito mais sofisticado, por meio do uso de inteligência artificial em RH, por exemplo.
Prepare-se para o futuro do RH com as seguintes tendências de RH Tech!
Segundo a Gartner, 76% dos líderes de RH acreditam que a falta de adoção de IA nos próximos 12 a 24 meses pode deixar suas organizações para trás.
Imagine não perder horas com análise de dados de performance ou recrutamento. Com algoritmos avançados, a IA consegue identificar padrões e tendências, agilizar e simplificar a tomada de decisão.
Além disso, análises preditivas podem antecipar desafios futuros, como taxas de turnover e engajamento, para que a gestão de pessoas seja sempre um passo à frente.
Um relatório da MIT Technology Review ressalta um dado importante de uma pesquisa da Deloitte: o uso de inteligência de dados melhora a eficiência dos processos em até 18%, o que reduz o tempo de preenchimento de vagas em 15%.
Outra vantagem da adoção da IA e automação de processos é a redução de vieses inconscientes, que pode ajudar a garantir recrutamentos mais justos, focando em qualificações e competências, e não em pré-julgamentos.
E não para por aí!
A análise preditiva vai muito além da contratação. Ela se expande para o mapeamento de talentos e a identificação de possíveis áreas de risco organizacional.
A capacidade de prever cenários e agir proativamente vai determinar o sucesso das empresas nos próximos anos. E aí, o seu RH já está preparado para essa transformação?
Então, se você quer que seu RH seja verdadeiramente estratégico, a automação, que usa técnicas de Big Data e IA, é um excelente caminho.
Mas é importante destacar que, ainda segundo a Gartner, os líderes de RH precisam adotar uma abordagem estruturada e garantir que as soluções de IA sejam implantadas de forma ética e realmente eficiente.
Ao automatizar tarefas repetitivas, como folha de pagamento, triagem de currículos e gestão de benefícios, a tecnologia permite que equipes de RH foquem em atividades de maior valor estratégico e impacto para a organização.
Isso se traduz, no fim das contas, em maior ROI para o RH, que é uma das principais métricas usadas para avaliar o valor do trabalho de gestão de pessoas.
O Robotic Process Automation (RPA), destacado pelo Gartner, está no centro dessa mudança. Esses sistemas integram inteligência artificial e aprendizado de máquina para otimizar a tomada de decisão, o que reduz erros e aumenta a precisão e eficiência.
A aplicação prática é clara: ao automatizar o fluxo de tarefas burocráticas, as empresas economizam tempo, reduzem custos operacionais e fazem escolhas melhores.
Um exemplo é a automação de processos burocráticos de admissão e desligamento, que garante que todos os procedimentos sejam realizados de forma consistente e em conformidade com as políticas da empresa e regulamentações externas.
Outro exemplo é a automação de portais de autoatendimento para colaboradores, por meio de chatbots, que permite que funcionários acessem e atualizem informações sem a necessidade de intervenção manual do RH, o que reduz a sobrecarga dos colaboradores da área para esse tipo de atendimento.
Mas os ganhos não se limitam ao operacional.
A automação também gera dados e insights extremamente úteis para a gestão de RH, que possibilitam análises preditivas para identificar tendências e prever necessidades futuras, como apontado pela KPMG.
Com esses insights, o RH pode antecipar problemas, como alta rotatividade, insatisfação ou falta de engajamento, e agir proativamente.
Além disso, ao integrar essas tecnologias em plataformas unificadas, ou seja, que reúnem diversos serviços em um único ambiente, os departamentos de RH podem ganhar tempo e gerar uma experiência consistente para colaboradores.
O impacto da automação inteligente de processos de RH é direto: maior produtividade, melhor aproveitamento do tempo e decisões baseadas em dados, que trazem benefícios concretos para a organização como um todo.
A realidade aumentada (RA) e a realidade virtual (RV) criam ambientes imersivos e interativos, que aumentam o engajamento e a eficiência do aprendizado. Essas tecnologias oferecem experiências que simulam situações reais, o que permite que os funcionários treinem em um ambiente controlado e seguro, independentemente de onde estejam no mundo.
Por isso, o uso de RA e RV vai além dos treinamentos convencionais e é uma tendência tecnológica importante para 2025.
Empresas utilizam essas tecnologias principalmente para upskilling e reskilling, personalizando os processos de aprendizado conforme as necessidades de cada colaborador, preparando-os melhor para situações reais do dia a dia de trabalho.
Segundo a Deloitte, uma das grandes tendências em capital humano é a criação de “playgrounds digitais” — espaços que misturam RA, RV e outras tecnologias —, que permitem que as organizações experimentem novos métodos de trabalho sem riscos para o negócio, ao mesmo tempo em que promovem o desenvolvimento de habilidades críticas, como colaboração, resiliência e empatia.
Esse tipo de abordagem é uma alternativa para enfrentar a lacuna de habilidades e garantir que as equipes estejam preparadas para atuar em diversos cenários.
Isso é ideal, por exemplo, para engajar funcionários e oferecer capacitação que pode alcançar equipes que trabalham em modelos híbridos ou que estão distribuídas globalmente.
People Analytics não é, exatamente, uma novidade em RH. A verdadeira tendência em RH para 2025 é a aplicação do conceito para analisar dados sobre a saúde mental dos colaboradores.
O uso dessa tecnologia é bastante interessante, especialmente em um momento em que a pauta do bem-estar no ambiente de trabalho é cada vez mais urgente. Por isso, toda solução que ajudar organizações a monitorar, analisar e intervir de forma proativa na saúde mental dos colaboradores é válida.
Com a evolução das ferramentas de People Analytics, as empresas agora podem capturar dados em tempo real sobre o comportamento e o sentimento dos colaboradores.
Isso inclui, por exemplo, o uso de plataformas que analisam a frequência de absenteísmo, feedbacks de desempenho, interações em plataformas digitais e dados de saúde ocupacional.
Com essa coleta de informações, é possível identificar padrões que indicam níveis elevados de estresse, ansiedade ou insatisfação, o que permite que as empresas implementem intervenções antes que os problemas se agravem.
Um exemplo prático de aplicação é a utilização de wearables e dispositivos que monitoram a variabilidade da frequência cardíaca (VFC) para medir o estresse em tempo real.
Estudos realizados pela PwC mostraram que esses dispositivos, quando integrados ao calendário de trabalho dos colaboradores, permitem identificar períodos de alta carga de estresse vinculados a reuniões consecutivas ou horários específicos do dia.
Com esses dados, a empresa pode ajustar as rotinas de trabalho, promover pausas ou incentivar práticas focadas na redução de estresse entre os colaboradores.
Além disso, outra aplicação interessante das ferramentas de People Analytics é a criação de modelos preditivos, que identificam colaboradores em risco de burnout ou depressão.
A análise de padrões comportamentais e de performance permite que as empresas intervenham precocemente, oferecendo programas de apoio psicológico, sessões de coaching e até ajustes na carga de trabalho.
E vale reforçar: isso é importante porque a intervenção precoce pode reduzir drasticamente os custos associados a ausências prolongadas ou tratamento de problemas mais graves.
Ao medir o impacto de programas de bem-estar, as empresas também conseguem justificar o retorno sobre o investimento (ROI) dessas iniciativas. Ao utilizar métricas como retenção de talentos, engajamento, produtividade e absenteísmo, é possível quantificar os benefícios econômicos de investir em saúde mental e bem-estar.
A PwC, por exemplo, destaca que o custo de problemas de saúde mental relacionados ao trabalho pode ultrapassar 617 bilhões de euros anuais na União Europeia, e que investimentos estratégicos em bem-estar trazem ganhos significativos tanto em produtividade quanto em engajamento.
Então, a mensagem que fica é clara: investir nessas tecnologias e práticas é investir no futuro da empresa e de seus colaboradores, garantindo resiliência, inovação e crescimento saudável.
As organizações que abraçam o RH tech se posicionam como líderes no setor, constroem ambientes de trabalho mais ágeis, inclusivos e engajadores, capazes de atrair e reter os melhores talentos. Lembramos sempre que, ao colocar as pessoas no centro da transformação digital, as empresas conseguem prosperar de forma muito mais estratégica e humanizada.
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Descubra a importância do programa de bem-estar mental na empresa, suas principais soluções e como implementar essa estratégia!
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